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Campo Grande, sexta-feira, 08 de dezembro de 2023.

Lava Jato FC

No “túnel do tempo”, Nildo Bitencourt recorda a partida em que o time mostrou toda garra e o potencial técnico

Por Gilson Giordano em 01/04/2020 às 15:25

Antiga formação do time que têm remanescentes e que trás boas recordações aos diretores/atletas (Foto: Arquivo)

Segundo eles, está muito difícil, mas mesmo assim, os organizadores e donos dos times que disputam o futebol amador, pelos menos os da região do Anhanduizinho, na Capital, têm feito de tudo para tentar vencer ou passar esse período de paralisação e para tanto, através do site gritoregional.com.br eles têm entrado no “túnel do tempo” rememorando os jogos que para eles, são inesquecíveis.

Na pauta desta quarta-feira (1º), quem entra no túnel do tempo é um dos donos do time do Lava Jato FC e também jogador, Nildo Bitencourt, que recordará a partida inesquecível disputada pelo time que é administrado pelos irmãos: Daniel, Osvaldo e Ozano, claro, além dele e com um detalhe: todos são atletas também e que tem na retaguarda, a dona Sebastiana Maria de Almeida Bitencourt, mãe do quarteto e que é a responsável pelos uniformes do time.

Segundo Nildo, logo no início da “quarentena”, dona Sebastiana até que “gostou pela folga” devido ao período, pois o time participa de duas competições paralelas – campeonatos nos Jardins Uirapuru, este no bairro Los Angeles e das Hortênsias, no grande Aero Rancho e como ela é responsável pelos uniformes, a mesma tem se desdobrado para manter a qualidade, mas agora, já estaria até sentindo falta da agitação costumeira, do corre-corre durante a semana para deixar tudo preparado e no jeito para ser usado pelos jogadores do time.

Fundado no dia 12 de fevereiro de 2014, portanto completou seis anos e o time formado no distrito de Anhanduizinho, que antes era Lava Jato MS e depois passou a “FC”, cuja sede é no Jardim das Macaúbas, no bairro Centro Oeste, vem aos poucos conquistando em campo, o seu espaço na difícil modalidade, que é o futebol amador na Capital.

Mesmo sendo ainda, o “caçula” em alguns campeonatos, Nildo Bitencourt que tal como o time, também passou uma “metamorfose” e em campo, onde atuava como volante, agora atua como meia avançado, posição essa em que se revelou e tem marcados muitos gols.

Logo no primeiro momento, a pedir para ele recordar o jogo inesquecível feito pelo time, Nildo lamentou o momento enfrentado por todos e, resignado, disse que as pessoas envolvidas no futebol amador, esperam com certa ansiedade, o fim de semana para colocar em prática a única diversão, que é jogar bola.

“Trabalhamos pensando no fim de semana para fazermos aquilo que gostamos. Infelizmente, agora não podemos”, lamentou. Sem o futebol como passa tempo, ele ao lado dos irmãos Osvaldo, Daniel e Ozano, aproveitam as manhãs de domingo para juntos assistirem alguns vídeos do time, nos campeonatos disputados.

Jogo

O jogo que está vivo na memória de Nildo Bitencourt foi disputado em 2018, valido pelas oitavas de final do 1º Campeonato da UEFA, na Liga Terrão, no campo do Jardim das Hortênsias.

O jogo foi contra o Nacional, na época um timaço e segundo Nildo, o Lava Jato FC, entrou muito desfalcado e pior de tudo, sem nenhum jogador no banco de reservas e logo de cara, ele pensou: “vamos perder!”

O negativismo vivido por ele no primeiro momento foi em função, dos desfalques e o time entrou com o que tinha, pois no momento, sem reservas, nenhum dos jogadores poderiam se contundir. Grave situação.

Aos poucos, ele entrou no ritmo da pauta e foi também contando os lances tal como se o jogo tivesse sido disputado no fim de semana passado.

“Logo no começo do jogo, Gleison Nery, marcou um gol. Rapaz, ai o time deles (Nacional) impôs um ritmo forte no ataque e nós fomos defendendo e eles atacando. Eles partiam com tudo para o ataque e o nosso goleiro, o Jean, pegando tudo”, recordou Nildo, que também não se esqueceu do lance que causou nele, mais medo ainda de ser derrotado, pois o goleiro Rhian recebeu um cartão amarelo, por fazer “cera” e retardar o jogo.

Segue o jogo e o Nacional, mantendo o mesmo ritmo no ataque e Rhian firme no gol, não dava ao adversário a mínima chance de chegar ao empate, no entanto, de tanto martelar e já nos acréscimos, saiu o gol do empate.

Com isso, o goleiro Rhian foi reclamar do tempo com o árbitro e este lhe mostrou o cartão amarelo e como era o segundo, ele acabou sendo expulso.

Conforme o regulamento, caso o jogo terminasse empatado, o vencedor seria conhecido através dos tiros livres da marca do pênalti.

Mas sem o goleiro titular e conhecido pela sua habilidade em pegar pênaltis, de novo, Nildo sentiu medo e “jogou a toalha” mesmo. Ele recordou que na ocasião pensou: “agora sim, perdemos mesmo”.

O pensamento negativo foi em função de o goleiro Rhian, ser um grande pegador de pênalti, tanto que no jogo anterior, no primeiro mata-mata, contra o R-9, ele pegou duas cobranças, no jogo válido pelas oitavas. No segundo mata-mata, o adversário foi o Nacional, que na fase de grupo ganhou de todos e avançou direto para as oitavas, enquanto que o Lava Jato, teve que avançar fase por fase.

Com o goleiro Rhian expulso, Gleison Nery, em dia de “graça”, chamou pra si a responsabilidade, pois no elenco, era o único que mais ou menos levava jeito, para tentar ser goleiro, segundo Nildo.

E em manhã de graça, logo na primeira cobrança, Gleison Nery brilhou e foi no chute do jogador Frutis, do Nacional, muito conhecido, ele pegou e com isso, o Lava Jato abriu vantagem e poderia ter vencido, mas a quarta cobrança, o time errou com Odair e com isso, a série foi para os chutes alternativos.

Na série alternada, o jogador do Nacional errou, ao mandar a bola para fora e o time do Lava Jato cobrou e fez e se classificou para as quartas de final.

A partida trás boas recordações ao time, que até hoje, Nildo não esquece os nomes dos jogadores que cobram os pênaltis: O primeiro cobrador foi Iran, conhecido nos meios futebolísticos por Maranhão, mas não esse que atualmente defende o time. Depois foi o nome do jogo, Gleison Nery, Edson e Elton, sendo que Odair errou a cobrança, mas mesmo assim, o time se classificou.

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